ANDANÇAS
Nas andanças de minh’alma
Fui ao fundo dos abismos
Enfrentei os cataclismos
Por fim encontrei tua calma,
Que sem saber me conduz
Por onde há sopros de luz
E anjos em mantos de talma!
Volto a ver a imensidão
Que se espraia à minha frente
Sem tropeço, sem batente,
Ou trilhas de escuridão...
O mundo se descortina
Acorda a minha retina
Revigora o coração!
Passa a vida e me carrega
No arrastão das esperanças
Ativa minhas lembranças
Alinha o barco e navega...
Leva-me na correnteza
Que me deu a natureza
N’água que minh’alma rega!
De minh’alma essas andanças
São feitas de ti e de mim;
Se ficares, tenho fim;
Se vieres, esperanças...
És meu futuro e presente,
Plantaste o amor qual semente...
Fiquei preso em tuas tranças!
Ineifran Varão
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